sábado, 27 de março de 2010

lets me see - "sober" moments #1

Não é tão bom, quando a vida nos chuta uma e outra vez? Não é tão bom, sentir o tecto desabar em cima de nós? Não é tão bom, sabermos que somos um misto de tamanha insignificância e mesquinhez? Que nem sequer conseguimos ser ridículos, porque isso tornaria ridículo o ridículo em si? "Still we are humans", "After all, humans", e "humans equals shit". Será que amamos só o desejo, e não o desejado, como Nietzsche dizia? É que parecemo-nos tão estranhos a nós mesmos que chegamo-nos a enganar tão facilmente a nós próprios. E não aprendemos a ser de outra forma, não conseguimos sê-lo. Existem estranhas repetições ao longo das nossas vidas com as quais não conseguimos medir forças. Chega a parecer que as perseguimos e perseguimos, para quando as alcançarmos, termos nojo de nós próprios por o termos feito. Isto não é dor, acima de tudo é nojo, acima de tudo é raiva, acima de tudo é "querer não ser", acima de tudo é "não conseguir deixar de o ser".

"Há mais'ó'menos três anos", a existir "algum" sublime, consegui mesmo atingi-lo. Conseguimos mesmo atingi-lo. Mas somos humanos...os belos dos humanos, raça inteligente e superior, não é? Somos humanos, e não sei como, deixamos esse sublime escapar-se. Deixámo-lo escorrer pelas mãos como água, deixámo-lo voar pelo ar como pó, o pó que deixamos criar. Deixámo-lo esvoaçar como cinzas, as cinzas que sobram depois de tudo ARDEEEEEEEEEEER E ARDEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEER! AAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHRGH! Mas "ashes to ashes, dust to dust", assim nascemos, assim morremos. Estou cansado. Cansado, mas ainda assim na vertical. A ridícula "força" que me faz agarrar a tudo, à "vida", a terrível e domadora "força" que me faz lutar por uma guerra perdida. Não podemos mudar, não nascemos com essa informação. "Why can't we not be sober?", like we used to not be...

But the game keeps on going, keeps on being played, and "it's killing me"... "It's killing me"... And it's making me feel alive. And this disgusts me!

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