quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Estreia - Eu pens'i'minto

Eis, humanidade, a alma mais negra.
O problema é que não, é mesmo convosco, não é o que penseis. Quereis tanto fugir daquilo que é da populaça que ainda vos obrigais, a vós mesmos, a estardes junto dela. Tudo o que dizeis é contrário ao que defendeis, e muitas vezes tentais defender o contrário daquilo que dizeis, tal como eu - tal como todos nós. Criticais tanto a populaça, mas esqueceis-vos: ainda ouvis muito à maneira da populaça, caros amigos. Ainda há muito de populaça em vós, meus amigos. Ainda somos muito populaça, amigos.

Hoje é a estreia oficial do blog, e apenas gostaria de citar Nietzsche, na sua horrorosa obra «Assim falava Zaratustra»:

DO AMIGO
«"Tenho sempre junto de mim uma presença importuna -, pensa o solitário. Sempre uma vezes um -, acaba por fazer dois, com o correr do tempo. Eu e Mim lançaram-se num diálogo demasiado veemente: como seria ele suportável, se não houvesse o amigo?"
Para o solitário, o amigo é sempre um terceiro; o terceiro é a rolha que impede a conversação dos dois de se afundar nas profundezas.
Ai! existem sempre demasiados abismos para todos os solitários. É por isso que anseiam tanto por um amigo e pela sua elevação.
A nossa fé em outrem trai aquilo que desejaríamos poder acreditar de nós próprios. O nosso desejo de um amigo acaba por nos trair.»

Horroroso, certo??

NADA mais posso dizer...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ante-estreia

Pensamento do dia:
"Será que um cortador de batatas pode escrever?"


       Isto é um blog para toda a gente. Toda a gente pode vir aqui parar. TUDO! Se queriam uma merdinha de jeito, é ali mais ao lado, ide ler o Jóne. Eu aqui...só escrevo...MERDA! MEEEEEEEEEEEEERDA! Mai'nada. E sempre que achem pertinente, deixem todos os comentários que quiserem, TODOS - eu quero saber; eu vou dar-vos importância; comigo, as vossas preocupações e medos serão ultrapassados; todos os vossos problemas serão ouvidos. Porque eu SOU TODO OUVIDOS. A sério, eu quero ouvir-vos. Eu preocupo-me convosco. Eu era um ressabiado dum gajo que não tinha autoridade, qu'andava aí a cagar-me pa toda a gente, mas agora, eu preocupo-me. Agora sim! Agora é que é, o Zaratrusta vai memo descer das montanhas.
É qu'é assim, "por exemplo"...esta merda de escrever...esta merda é para toda a gente. Toda a gente pode escrever. A sério. Não, mas a sério! Eu quando ouvi isto também pensei que estavam a brincar...mas não! É mesmo. Toda a gente pode escrever. Qualquer um. Toda a gente pode escrever porque toda a gente tem direito a escrever. Toda a gente tem o direito a escrever tudo aquilo que lhe apetece. Toda a gente tem a mesma qualidade de escrita. Somos todos bons a escrever, igualdade! E sendo assim aqui estou eu. A escrever também.
       Meu amigo... :
       O Mantorras... O gajo escreveu um livro.
       O Jóne, tem um blogue. Esse gajo e o monstro dos olhos azuis, que também tem um blogue, por isso... Diz-me lá... Tu, tu mesmo, tu que 'tás aí, diz-me lá quem é que me vai dizer - A MIM - que não posso escrever? QUEM? Quem és tu para me dizer isso? Que direito tens tu sobre a minha vida, se existem direitos a defender, a salvaguardar, toda a minha liberdade de expressão? Hum? O importante é que toda a gente tenha uma opinião, e que ninguém se chateie. Isso é qu'é importante, que ninguém se aleije. O importante é andarmos todos aqui, a discutir e a debater, mas porrada é que num. Nestes. Isso de porrada é para aqueles que não sabem discutir as coisas a bem, a la démocratie.

Mas hoje fico por aqui. Não percam o próximo episódio, que um dia destes sai-me mai' qualqu'é coisa.
Fiquem só com estas belas palavras:
"Tese do construtivismo, define as atitudes do ser humano que ao longo prazo de desenvolve. Humano ser, cria-se a longo prazo, nasce com nada, com uma inteligência ara que até precisa de alguém que o cuide, mas isso é algo menor. Vai crescendo, adquirindo conhecimentos ao longo da sua vivência. Não apenas com a escola que se aprende, mas com o dia-a-dia, com os familiares, com a leitura, isto em Portugal tem-se registado que cada vez lê menos, mas nada que se preocupe, com o cinema que se vê, principalmente o cinema de leste, embora há quem não goste dos emigrantes do leste, pois até fazem o que os portugueses não querem fazer, como é o caso de se trabalhar nas obras, mas têm qualificações profissionais."

Bestial.
Depois de tudo isto, que resta a dizer? NADA