segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Inteligência versus felicidade

Gostava de estar errado, mas parece-me que, a cada ano que passa, me apercebo mais que, ou se é inteligente, ou se é feliz. Como conciliar ambos? É possível ser inteligente e ser feliz ao mesmo tempo? Ou melhor, ponhamos as coisas noutros termos. Se realmente existe uma subdivisão da inteligência em diferentes níveis, tais como inteligência matemática, inteligência social, inteligência emocional, etc., se realmente for assim, como ser feliz e ser o mais inteligente possível, simultaneamente? Quando digo o mais inteligente possível, quero dizer aquilo que, a meu ver, é o grau mais superior de inteligência (ser-se muito bom num nível particular de inteligência - por exemplo, a nível de inteligência matemática - e ser-se bom a um nível geral da inteligência - isto é, nos restantes níveis de inteligência). Como ser feliz, interiormente? Se formos inteligentes a nível social, saberemos que temos que mentir em praticamente todos os momentos sociais, ou pelo menos, temos que nos disfarçar de outra pessoa, tal e qual como num baile de máscaras, tal e qual como um actor num palco. E se assim o é, em determinada altura da vida, não iremos perder a consciência da distinção daquilo que realmente somos e daquilo que aparentemente somos? Como saber quem somos em que momento? Se os passamos quase todos a mentir aos outros, e a nós mesmos? E se assim o é, como podemos ser felizes? A não ser nesses precisos momentos, em que mentimos aos outros e a nós mesmos? Talvez... Eu sei em que alturas eu me sinto feliz. Estou-me só a questionar. Mas não tenho uma ideia definida quanto a isto, é só algo que me preocupa muito no dia-a-dia.

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